segunda-feira, 26 de julho de 2010

ausencia

É verdade que tenho deixado de lado este pequeno espaço aqui. Devido a enorme entrega na rotina desgastante do dia-a-dia fiquei impossibilitado de aqui dar meus pequenos relatos sobre a vida. Nunca mais escrevi sobre bares; sobre mulheres, sobre meu bairro, deixei de lado a poesia. Confesso que ando ocupado com outras coisas talvez não mais importantes que escrever por aqui, mas digamos que mais lucrativa. Mas como não consigo abandonar este pequeno espaço tão fatigado conforme este que vos escreve, tive uma grata surpresa no dia de hoje. Abandonei de fato os butecos que tanto amo, posso me dizer que me tornei um menino decente - aqueles que as mães sonham, recebi na minha casa a visita do meu querido e velho companheiro de balcão Pedro - que numa breve ida ao supermercado em frente de minha casa resolveu dar uma ida até meu lar. Fico feliz com essas coisas, pois a sociedade quer acabar com as amizades feitas nos bares, eles dizem que bêbado fala com todo mundo, que no outro dia não se lembra de nada, mentira! O malandro veio até a minha casa, para saber como andava as coisas, já que sumi daquelas bandas, que nunca mais pisei naquele boteco vagabundo. Conversamos um bocado, fumamos alguns cigarros e antes do sinal fechado abrir damos adeus prometendo nos encontrar por ai. Confesso que aparecerei naquele buteco - a data não sei bem, mas será o mais breve possível, pois coração vagabundo não aguenta ficar longe de um boteco.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A luz se põe ao fundo,
escondido pelas trevas.

A vida dá lugar a morte,
a todo instante,
todo momento a morte,
encerra a vida.

Todo instante morre a vida,
todo instante nasce a morte.

Neste instante entre uma e outra,
perco-me pensando que vivo,
mas no fundo morre a todo instante.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Como digo sempre: é preciso saber pisar, é preciso saber chegar, sem causar alarde. Sendo assim iniciei minha rotina etílica em plena avenida Berrini, no coração empresarial de São Paulo. Amante que sou desses lugares vagabundos, já fiz amizade com o dono da espelunca, já aprovei tua cerveja gelada, teu torresmo adormecido ( que diga de passagem só cachaceiros comem), sendo assim ali durante o tempo que for preciso será minha nova casa, meu novo buteco, meu novo olhar sobre o que pode ser visto