segunda-feira, 23 de maio de 2011

O SONHO - AO VELHO AMIGO

Tenho vivido caro amigo ausente daquele espaço. Peço perdão pra ti, lembro de quanto tu gostava daquele lugar o quanto conversamos sempre que nos encontravamos por ali. Confesso que ando ausente de lá. Compromissos me fizeram sumir dos bares - a minha cerveja tem sido meu caro amigo em casa. Sempre levo em consideração teu ensinamento que cerveja é para se beber em bares, jamais em casa! Mas o tempo vem me pregando cada coisa, parceiro que você não gostaria de ouvir. Sonhei com você, foi um sonho rápido devido ao cansaço e poucas horas de sono - quase não lembro dele. Vou contar aqui o que lembro. Talvez aonde você esteja algum anjo pode abrir este blog chulo e lhe mostrar.

Era uma manha qualquer - você se encontrava sentado na velha cadeira ao lado da geladeira o velho copo americano e o maço de cigarro ao lado. O buteco se encotrava vazio - do jeito que você gostava assim como eu gostava também. O silêncio dava para ouvir o cantar dos passáros na gaiola, o baixo ainda arrumava as cadeiras a luz invadia o ambiente deixando o mais terno e calmo. Você tinha no semblante aquele olhar perdido, aquele olhar vazia, que sempre dizia muito. Parecia querer me dizer algo, mas o sonho se foi...

Acordei confesso que espantado, logo uma paz invadiu o meu ser. Você parecia me dizer, tenha calma amigo, leve a vida devagar.Confesso que a sensação que tive não sei explicar. Levantei-me calçei as chinelas e fui para a varanda. Acendi um cigarro, o dia começava a nascer, no horizonte o céu uma mistura de cores, me fez ter esperança na vida. Logo voltei para a cama com um sorriso no rosto tendo a certeza amigo que aonde você estiver permaneceremos ligado por algo mistíco que tanto o ser tentava me passar embora nem sempre levado a sério por mim. Quero deixar aqui os meus sinceros agradecimentos por tudo o que o senhor fez por mim, os momentos e os ensinamentos que passamos juntos. Te devo uma cerveja - qualquer dia te pagarei colocarei um copo americando de Brahma naquela mesa - acenderei dois cigarros e sentirei mais uma vez tua presença me iluminar aonde quer que eu vá.

Abraço do menino Rodrigo - como o senhor me chamava.

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