Quando eu dobrar aquela esquina,
não me acene o adeus.
Quando seguir na escuridão pelas ruas vazias
não me silencie.
Tu vais ouvir o meu canto, o meu lamento.
Tu vai saber por ai, por vozes qualquer, o meu nome.
Vais descobrir o que fui, vais descobrir o meu passado.
Vais saber o que fui e o que deixei de ser.
Vais saber o endereço do buteco que tanto freqüentei,
vais saber das minha bebidas, das minha estórias, dos meus porres.
Relembrará os nossos encontros, nossas juras, nossos beijos.
Passará a viver o presente, ausente da minha companhia.
Passará a sonhar com o meu retrato empoeirado na estante.
Com os meus versos errantes.
Ouvirá do meu violão solitário os acordes e as melodias que não cheguei a te mostrar.
Quando eu dobrar aquela esquina, lembra de mim, assim de um jeito qualquer
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