sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Tarde da noite, um porre longo no butequim, como nos velhos tempos. Há tempos não bebia como nessa noite, um misto de nostalgia me invade, domina o meu ser. Lembranças vem à tona, um pé no passado, me pego a re-lembrar tempos de outrora. O tempo passou rapidamente, sem me dar conta ele passou - junto dele levou minha alegria, trouxe uma tristeza, com isso tornou-me um senhor decadente. Decadente talvez seria uma forma errada de dizer, talvez não seja a palavra correta, talvez o ideal seria dizer menos sonhador. Me tornei um garoto medíocre. Ou talvez a bebida anda me fazendo um ser decadente, não sei a resposta ideal. A madrugada minha fiel escudeira, me pego a lembrar de você. Lembranças tolas, que devia esquecer não lembrar, mas sou incapaz de fazer. Lembranças do que prometemos um para o outro, e o destino mudou os traços pintou a esperança de preto. Hoje um trago me faz seguir em frente, sem sua companhia, sem seus beijos e juras. Não que te odeie, não é isso, o que odeio é minha incapacidade de ser o que fui com você. O ser que era na sua companhia, isso que eu lamento. Mas lamentações é lamentações não muda nada, não trás o passado para o futuro, nem muda o presente. Então nessa madrugada fria e vazia, o jeito é beber mais uma dose da minha cachaça, esquecer da vida, me embebe-dar mas um pouco, para junto daquela cama vazia e fria, talvez sonhar um bocado, nos lençóis que insiste em trazer teu perfume.

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