Embriago-me,
despedaço,
logo faço.
Noite, dia, madrugada,
luar, clarear.
Tanto faz.
Apenas me embriago,
na esperança de encontrar-te
num trago.
Alento, assombro,
sonho, poesia,
perco-me.
Esperança nasce,
brota entre os cigarros acessos,
rio de ti, logo me faço.
Logo tudo passa,
e la vem,
me perdendo no sorriso de
uma outra mulher qualquer.
Quando encostar minha face,
na face dela,
logo vem teu nome novamente.
Perturba meu ser,
creio, na ilusão,
o tempo apaga.
Minha retina embaralhada,
logo se perde,
logo encontra,
uma outra paz qualquer.
Seja em você, seja nela,
seja em mim, o que
importa é apenas viver.
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