Meus olhos navegam nas lembranças,
como dois barcos navegam nos mares.
Meus ais se perdem nos horinzontes,
a procura de um cais.
Na chuva fina que cai,
molhando minha ida por ai.
Me perco como se perde na tempestade,
embriago a quem já não me quer mais.
Tudo tanto faz, tudo é tanto vulgar.
Contemplo a saudade, volto no tempo atrás,
e o que me resta é a saudade, o trago, o choro bandido.
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