domingo, 1 de agosto de 2010

O silêncio da madrugada se faz presente. A cidade esta vazia, o silêncio reina por entre os prédios. Olho ao meu redor, tudo que vejo é o silêncio e as luzes apagadas. Imagino o que se passa nos prédios vizinhos ao meu, imagino o que acontece ali dentro. Meu cigarro aceso nos lábios, se acaba lentamente, o copo de vinho na minha mão é o meu companheiro, na sacada do prédio a solidão é tamanha, o vazio mistura com o espaço vazio deixado por ti. E aonde me encontro nessa noite vazia e fria, aonde buscar o continuar perante ao vazio inerte - aonde buscar teu cheiro, aonde buscar o teu ser, aonde encontrar a paz que tu me trazia. Tento te ligar, quero saber como anda você, mas desisto, ao teu lado um novo ser te preenche já não há espaço para dois na tua vida. Me volto para dentro de mim, querendo saber o porque essa busca incessante por ti, não encontro resposta, parece tudo esquisito, parece tudo apagado, tudo escondido. Assim como a cidade me esvazio nas noites frias, me perco no imenso espaço de mim, e assim a espera da multidão do dia seguinte, me deito, morro, na espera do novo dia para quem sabe nascer novamente.

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