sexta-feira, 23 de abril de 2010

Saudade talvez seja a palavra neste momento inoportuno. Talvez uma única palavra me sirva neste exato momento de embriaguez que me encontro para lhe dizer o que sinto por você. Sei que já lhe disse tanto, que sequei minha fonte em busca de inspiração para lha diminuir o pranto. Talvez num momento de loucura acreditei que foi possível, talvez um dia acreditei que elas as palavras não foram postas aqui de maneira para te enganar nunca foi e nunca será a minha intenção. Tudo que lhe fiz se é que lhe fiz algo, foi por carinho, por amizade, por compaixão. Tirei alguns espinhos de nossas vidas, sonhamos juntos, lhe dediquei meu canto rouco, sofrido de madrugadas vazias. Fui durante alguns anos um sonhador, em busca do teu corpo nu. Sonhei contigo pelas madrugadas que varei, lhe cantei em prosa e verso, lhe perdi nos butecos que insisto em entrar. Batuquei teu corpo nos tamborins de meu samba. Rompi com o mundo insensato, com a pobreza sonhando com teu ser a me acompanhar nos lugares por ai. Se errei não é possível aqui dizer, talvez tenha errado, ou até acertado. A vida mostrará. Confesso que essas palavras podem dizer ou até mesmo não os sentimentos que tenho por ti. Talvez você possa pensar que tudo isso é balela, pois anda difícil algum ser humano acreditar um no outro. Talvez nosso encontro naquela tarde de novembro não foi possível lhe dizer tudo que gostaria. Talvez aquele conhaque tenha me tirado da terra por instantes. Talvez este cálice secará um dia. Talvez essa poesia irradiante que brota todo instante seque. Talvez essa palavra que tanto usei neste texto, seja uma definição do que somos um único talvez.

3 comentários:

  1. Seja la o que você for, tenha a certeza de que não és um "talvez", e não profane-se!

    beijos
    saudade de conversar, amadoo hehehehehe

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  2. Querida, se eu não for um talvez, eu não sou nada.

    axé.

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  3. Aham!... desculpem-me;mas,bela ventura está alí,pairando sobre vós ambos...

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