segunda-feira, 31 de maio de 2010

Quando entrei na tua vida, sem querer, posso dizer, sem querer. Dei minha alma para ti, regamos um ao outro com  a luz que tantas vezes tentamos apagar. Nos iluminamos madrugada a fora- tantas vezes embriagado lhe criei versos para você nunca mais chorar. Fiz ou pelo o menos tentei tirar pedras do teu caminho, errei, não consegui. O tempo esse eterno companheiro de todos, esse eterno velhinho que nos acompanhará pela vida fora. A minha menina, quanto tentei lhe fazer feliz, o quanto sonhei lhe fazer um tanto mais mulher, beijar teu corpo nu coberto de pintas naquela noite escura. Quanto sonhei, talvez aquele sonho de menino, sonhar em lhe fazer um ser mais feliz. Hoje apenas o que nos resta foi a despedida, nos despedimos um ao outro sem se dar conta, apagamos dentro de nossos peitos a chama da paixão, o samba apagou, as rimas se perderão, o que nos resta é o palco, é o teatro da vida, é a poesia errante, é se perder, é se achar, é encontrar, sonhar até um novo amor nascer, é rimar, é batucar, é pedir para os deuses que este sentimento chamado amor não se apague do peito, mesmo tantas vezes doendo um tanto, chorando um pouco, nos leve a frente, nos conduza ao horizonte, ao despertar na manha fria de junho - querendo apenas não sentir os devaneios, querendo buscar no vinho teu sorriso menina, que você não percebe ou talvez não acredita mas é meu alento nessa madrugada que chega.

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