quinta-feira, 15 de outubro de 2009

- Alô.

A noite caiu rapidamente, sentado naquele buteco imundo de sempre, saboreando a solidão companheira. Beliscando uma carne de segunda, saboreando uma cerveja, para esquentar uma cachaça como abrideira. O tempo passou rapidamente, quando me lembrei já era tarde. Com a voz pigarreada, voz que você dizia que era de bôemia, escutei do outro lado uma voz de sono, me dizendo alô. O papo foi breve você irritada por ligar naquelas horas, acordando a casa inteira, me desculpei no único instante que tive para soltar a voz. Você ainda me disse que tinha coragem de ligar aquelas horas e ainda por cima bêbado, um tremendo sem vergonha. Disse apenas que liguei para desejar parabéns, desejar felicidades, e perguntar se recebeu as flores que mandei. Você sorrindo ( pude imaginar), disse obrigado, que não precisava, que já estava em outra, que era hora de me tocar e deixar você em paz. Disse tudo bem, tudo bem... De lá pra cá não te liguei mais, hoje completou 1 ano que fiz essa ligação e que não tenho notícias tuas. Fiquei sabendo que você terminou sua relação, que não foi aquilo que você sonhou. Espero que você não esteja lendo essas linhas, mas eu não te esqueço, nunca se pode banhar na mesma água de um rio, mas quem sabe isso não é possível?

Até.

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