quinta-feira, 1 de outubro de 2009

TELEFONEMA

Ontem recebi dois telefonemas de uma mesma pessoa, não conhecida pedindo socorro dizendo que foi roubado. Sem saber o que dizer no momento, apenas escutei o pranto alheio. Ele chorava, suas palavras saiam emboladas, clamava por socorro. Fui capaz apenas de lhe dizer: tenha calma, tenha calma... Sem saber quem era essa pessoa, o que tinha acontecido com ele, o que tinha sido roubado dele, foram indagações que fiz. Fiquei com este telefonema o resto do dia na cabeça - misturei os fatos, já que para piorar a situação estou lendo um livro que relata o cotidiano da violência no Rio. Sem conseguir fechar os olhos sem imaginar na cena, o desespero do rapaz, implorando por ajuda do pai, o caos que se tornou essa porra toda. Não sei daonde surgirá a luz, mas algo tem que mudar nessa porra toda, seja com ajuda de Deus, ou do Diabo, vai mudar.

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