quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Horizonte imenso horizonte. Campos verdes, montanhas imensas, precipícios, serras, curvas, buracos, beleza, paixão, horror, saudade, estrada longa pela frente. Estrada imensa aonde tu me levará? Estrada que tantas vezes - percorri, que tantas vezes senti, que tantas vezes me curvei, que tantas vezes parei, que tantas vezes chorei, que tantas vezes parei, continuei. Estrada aonde tu me levarás? Aonde tu me levará, seja no sertão, seja no oeste, seja no norte, leva-me junto com os meus desnortes. Trás junto o tempo com tuas cinzas e brisas e porres. Leva ao longe minha querida estrada essa saudade que nessa noite me arrasa, leva minha amada estrada, no clarão dos seus faróis ilumina o caminho dela. Trás junto aqui nessa alma errante e vadia, os rumos que juntos sentado naquela escuridão vazia traçamos - trás lá de longe quem sempre quis por perto, trás os trilhos minha amada estrada, no silêncio daqueles que você guia, a solidão prazerosa de nunca saber aonde iremos parar.

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