sábado, 20 de fevereiro de 2010

Posso dizer que minha sorte é grande - tenho grandes amigos, sei eles não saberia viver. Dos muitos amigos que perdi, dos muitos que se foi, aqueles que virão, e todos os outros. Como sempre falo - minha alma é velha, apesar do corpo de menino, sou um velho. Apesar dos vinte e poucos anos, tenho amizades com pessoas bem mais velhas do que eu, e isso me dá um orgulho danado. Hoje repensando nos valores de minha vida, depois de um longo porre na noite de ontem, no qual até poucos minutos atrás recuperava energia perdida na noite anterior. Mas como nem tudo é descanso, pois nem tudo é calmaria, voltei a beber. Estava a poucos minutos atrás passeando com minha cachorra na praça - quando de longe vejo um aceno na minha direção, meu querido e saudoso amigo seu Leonso, me convidando para uma cerveja, quem me conhece sabe que não descarto essa idéia. Seu Leonso, tremendo malandro, tremendo boemio, aprecia-dor da boa música brasileira, boa pessoa, honesta, humilde. Com ele aprendi a gostar da música da época de ouro do rádio, conheci grandes cantores, grandes músicas. Virei uma espécie de saudoso também. Disse a ele que não estava recuperado da noite anterior, mas que aceitava um trago e um copo. Mesmo minha tosse de tuberculoso não me deixando de lado, consegui ficar ali durante duas horas bebendo e fumando, ouvindo as estórias do malandro, conhecendo um pouco mais, já que é um tanto mais vivido do que eu. É prazer, meu caro dividir a mesa com você, sempre aprendo muito, sempre rio muito. Deixa eu recuperar minha saúde, que voltaremos a beber e muito por sinal.

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