segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

As palavras e os sentimentos são os mesmo de outrora. Nunca e jamais me esquecerei da sua voz denunciando o prato, falando dos teus ais, naquela madrugada jurei amor a ti. Nunca me esquecerei no minuto, na escolha que fiz em lhe dizer tudo aquilo que jamais ousei dizer para outra pessoa. Naquele momento rabisquei teu rosto com a fumaça do meu cigarro, naquele momento, sentado na madrugada vazia e chuvosa, jurei que um dia, nem que durasse anos, iria te ver. Naquele momento, depois das falas, depois de tentar conter o teu pranto, o silêncio se fez presente, como um pássaro cantando no meio da natureza, silenciei, era hora de ouvir a voz de dentro. Aquele instante você não pode ver, nem se quer sonhar, que naquele dia em diante, eu lhe amaria da minha maneira, do meu jeito. Naquele instante em que tudo ficou maravilhoso, rabisquei os meus versos, pobres versos endereçado para ti. Ouvir tudo voz, no meio dos labirintos que a vida nos trás, tentei te imaginar do outro lado da linha. Queria que aquilo tudo saiste de você, e novamente voltasse a brilhar o teu riso tão costumeiro de outrora - que as dores deixasse você livre, para sonhar e navegar pelos mares da vida. Você se lembra? Hoje ausente, hoje distante de você, me recordo do que disse, também do que faltou lhe dizer. A oportunidade que tive não soube aproveitar, meu ser desesperado perdido naquilo tudo, não soube dizer. Silenciei meus versos que ensaiei para lhe dizer, bebi meu velho conhaque, naveguei pelos mares de teu olhar. Você não percebeu. Ouvi naquele momento o pulsar do teu coração, ouvi naquele instante breve e passageiro que naquele dia pra frente não lhe esquecerei. A madrugada passava, perdido nos meus ais, eu buscava de alguma maneira lhe dizer, mas foi em vão. Guardo aqui numa das gavetas do meu coração, as linhas, as falas, os momentos. Mas tudo isso, se perdeu, hoje sentado aqui em frente ao computador resolvi talvez botar algumas coisas que tanto ensaiei um dia lhe dizer. Talvez você não acreditará nisso tudo ou também quem sabe zombará. Mas quero que além disso tudo, você perceba nelas e talvez acredito que essas linhas são sinceras. Talvez naquele lugar distante, o mais longe possível eu possa te enxergar de lá, quem sabe, talvez lhe dizer, que jamais lhe esqueci, naquele momento até hoje. Apenas, apenas...

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