sábado, 9 de janeiro de 2010

O MAR

É verdade que minhas origens vem das Gerais, como todos já devem estar sabendo. Me considero um ser da roça, mas perdido na cidade, no meio do caos urbano. Mas uma outra paixão desperta aqui dentro de mim, o mar. Sempre tive o fascínio pelo o mar. Isso se deve por minha família vir de Minas Gerais, e como quase todos os mineiros, quanto tem um tempo na rotina vão para o mar, não sou diferente. Confesso que faz pouco tempo que estive navegando nele, e também pescando. Um fato que considero curioso é que também sou um amante da boa música brasileira, curioso porque, não escutava nos tempos de adolescência música brasileira. E sim o rock. Me recordo da primeira audição do disco canções praieiras de Dorival Caymmi. Um baque muito grande para mim. Não passava pela minha cabeça como nunca tinha parado para escutar aquilo antes. De lá pra cá, como se quisesse de alguma forma, querer recuperar o tempo perdido, escuto Caymmi, diariamente. Sua relação com a Bahia, com o mar, com os pescadores, música que retrato a ambiente do povo, dos jangadeiros, sua enorme relação com o mar. Agora no momento que escrevo essas mal traçadas linhas, escutando O bem do mar, meus olhos marejam. Não esqueci sua morte, que para mim jamais morreu, pois sua arte, sua música, seu povo, sua Bahia está nas suas canções. O mar de Caymmi, é mais belo, é o meu mar. Aquele que muitas vezes é malvado, e tantas vezes calmo, silencioso. Conforme disse sou um amante do mar, nele navego mesmo muitas vezes estando na areia apenas contemplando sua beleza, sua poesia. Nesta noite calorenta, jogo flores mesmo que a distância para Iemanjá. Abro a primeira do dia, e adormeço ouvido o som do mar.

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