sábado, 9 de janeiro de 2010

SAUDADE D'OCÊ

Verdes paisagens, no alto tuas montanhas e tuas casas ali escondida nos teus pés. Das chaminés cheiro de lenha queimada, no fogão de lenha a comida caseira. Na moldura a imagem de Cristo pendurada no velho prego. Pendura na parede que parece um armário a velha caneca prateada para se beber a velha cachaça de outrora. Estradas escondidas, estreitas, que cortam os pastos. A melodia suave do vento passando levemente feito a vida. O cantar dos pássaros, seus caboclos levantando com o cantar. A manha chega, com ela a esperança de mais um dia simples - sem muito esperar, pois a rotina se repete. O dia passa calmamente, sem perceber, o som da natureza, paz no coração. A noite o luar se faz presente, estrelas milhares dela ao céu. Iluminam os cantadores e tuas violas na noite enluarada, poetas, cantadores, afastam as maldades da cidade grande. Cantam para as morenas, o cantar simples e puro. A viola de pinho 12 cordas, som levemente trás paz para o coração. Mas uma vez a velha cachaça como companheira. O luar das gerais, teus poetas, tuas falas. De repente a noite se vai, sem perceber, sem nos-dar conta. A viola cansada, os poetas embriagados, hora de voltar para a velha cama, a mesma cama simples, a mesma cama de amores noturnos, a mesma cama companheira aonde se sonha os sonhos mais bonitos. Pois em breve será um novo dia, um novo amanhecer. Pois será um novo dia, na minha querida Gerais.

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