segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O meu cantar, o meu pulsar, o meu jeito de mudar, e tentar do jeito que for, ser um tanto melhor. Meu lado cantador, tentando esquecer de algum jeito as dores, suplicar ao céu, o alento de que no fundo seremos um dia, seres melhores. Meu coração gritando calado nas madrugadas, meu peito ardendo em chamas querendo soltar o grito de alerta, o amor agitando, pulsando. Nada se pode fazer, quando o peito clama por coisas melhores. Clama por ti menina morena, que a passar com seu gingado, com o perfume que tu roubaste sem querer das flores do jardim próximo. Querendo a busca o encontro com ti, morena. Pelo o menos se tu soubesse que quando passa o meu peito se enche de graça, mas tu não é de Ipanema, minha querida morena. Talvez você seja de Angola, ou até mesmo herdeira da senzala. Quando tu passa, assim com graça, vestida de um jeito simples, como todas as mulheres devias ser, com o ar sonhador, fazendo os homens suplicarem o teu amor, o teu gesto, o teu rebolado. Menina morena, quando passares por mim amanha, repara no meu pobre olhar, a viajar no teu gingado. Menina morena, espero talvez um dia poder lhe dizer, tudo que esperei aqui escrever, mas minha alma cansada não consegue achar as palavras para preencher esta pagina branca. Meu ser tão fatigado, tão desesperado, fingi que lhe esquece querendo lhe amar. Amanha menina morena, quando você vier pela minha calçada, lança um olhar, para que nele possa navegar da esperança de quem sabe, encontrar a paz, encontrar você minha pequena sereia.

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