quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Eu poderia colocar aqui o teu nome, para que você ao ler este relato se identificasse com ele, mas creio que não seja o caso para tal. Acredito que você saberá logo nas primeiras linhas que se trata de nós dois. É chegada a hora do termino do ano, hora de colocar em cheque o que valeu a pena, e o que não valeu a pena. Hoje ao te re-ver depois de longos meses de ausência, senti na pele que já não somos mais os mesmos de outrora. Já não vejo mais a nossa união como houve num determinado tempo. Já não somos mais os mesmos, não sei bem definir o que aconteceu, e qual foi a transformação que houve. Mas não somos. Mas pude perceber que o teu olhar continua o mesmo, pude sentir o cheiro de tua pele, e perceber que é o mesmo cheiro de outrora. Pude ouvir por alguns momentos tua voz macia e pausada, pude ver que você emagreceu um pouco, e talvez um tanto abatida, cansada. Pelo o contrário eu vou na mesma direção, me acabando aos poucos, na certeza de partir o quanto antes dessa vida, partir para não mas voltar. Não posso dizer que tivemos uma conversa, nem que ele foi franca, pois o tempo que durou foi e será sempre insignificante perante ao passado, a duração das nossas conversas que rompia a madrugada, que ia no cinema, que ocorria pelos os bares, que ocorria no teu carro. Lamento que tudo isso se perdeu, ou permaneceu guardado no nosso imaginário ou até mesmo na lembrança. Eu fui nada mais e nada menos que a companhia para tua solidão, o ouvinte para teu tédio e dores do mundo, fui a luz que chegava antes da escuridão, fui apenas um aprendiz, fui nada além do que sempre serei, um eterno aprendiz perto de você.

1 comentário:

  1. Doeu, algumas coisas doeram...Não sei se foi ao certo por causa do riso não contido na tarde anterior, mas na manhã seguindo alguma coisa machucava a ponto de querer sair correndo da própria casa, desejava que todos estivem ali, exatamente daquela maneira, enquanto eu ...eu sei lá, as vezes, preferia não ter ouvidos...

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