sábado, 28 de novembro de 2009

Sei que você por sorte do destino não lê estas mal traçadas. Mas o próprio destino e o tempo, quer que eu cá escreva algo para você. Noite de sábado, eu como sempre, preste a sair para mais uma noite de boêmia e beberagem. Mas antes que isso ocorra, e o meu peito desfalece de saudades de você escreverei algo para ti. A saudade não me deu tempo, desde do momento em que lhe vi, lhe amei. Como se você já estivesse passado na minha vida - sinto o cheiro de tua pele macia e branca, feito a neve, escuto teus risos e gemidos, sinto que deliro de vez em quando, minha lembrança volta a tona a todo momento. Sinto o cheiro de seu apartamento e o gosto na tua bebida nos meus lábios, a música que fez trilha para nossa noite de amor ainda toca aqui dentro. Sinto a poesia que você escolheu naquele livro que te entreguei naquela tarde cinza na praça, quando você levemente de porre, declamou pra mim. O destino quis assim você longe de mim, mas durou o tempo para entrar pra eternidade. Não lhe vejo há tempos, mas jamais deixei de lembrar de você. Percorri aquelas ruas que caminhamos juntos naquela madrugada vazia e silenciosa. O samba que escutamos juntos, a cachaça que bebemos, o cheiro do teu sexo pelas minhas narinas. O odor que exala teu ventre, o cheiro de rosa que vem da tua pele, tudo isso me entristece nessa noite vazia. A solidão é tremenda entro em conflito quando lembro de ti, não sei por aonde andas nessa cidade enorme e cinza. Mas sei que aqui dentro, levo os caminhos que juntos percorremos, levo aqui comigo como se fosse uma espécie de amuleto, o teu nome, a me guiar, a me poetizar, a me amar.

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