quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quando eu nasci, não veio um anjo torto conforme disse o poeta,
quando eu nasci, me veio um Deus, que me disse: vai o teu destino é sofrer.

Derramado o sangue sujo do ventre imaculado de minha mãe, que não é maria, e sim Rosa.

Carregado durante meses no colo de minha mãe, mamando nos seus seios acolhedores,
bebi o cálice santo do amor materno.

Engatinhando pelos cantos e gritando aos prantos, tudo o que minha alma necessitava além desta cruz que cansei de carregar.

Deus ainda disse: teu destino tu que fará, fará teus próprios caminhos, mas eu guiarei os teus passos aonde quer que vá.

Ergui com o meu suor cada tijolo, na esperança de quem sabe um dia ter uma parede. que me cerca dos males destes filhos, que se dizem filhos de Deus.

Caminhei por trevas, caminhos tortuosos, mas também caminhos belos. Senti o orvalho da manha. senti o perfume das rosas, senti o cheiro do teu sexo, senti o teu ventre, a gerar um filho meu.

Senti nos lábios a chama do amor, neles senti o perfume, na minha pele ainda resta as marcas deles.

Senti como sentia antigamente quando a minha mãe beijava a minha face, me acalmando, dizendo que tudo ia passar.

Senti um deus, senti, que tudo isso não vale a pena.

Carrego desde de então um fardo, uma esperança, e uma flor.

Nesta minha alma inocente, deste menino que saiu daquele ventre. de uma mulher que não se chama Maria e sim Rosa.

Sai com a alma inocente, com muitos caminhos para seguir, mas sem nunca esquecer, que foi tu e não Maria, que me guiou e me mostrou os caminhos que deveria seguir.

E assim, seguirei os teus passos, os teus caminhos, como muitos aqui na terra, seguem Deus os
caminhos escritos naquele livro, que seguem o teu filho Jesus.

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