quinta-feira, 11 de março de 2010

SOFRO DENTRO DE BUTECO

Como sofro dentro de buteco, sempre digo isso. Na noite de ontem não foi diferente. Estava lá sentado na minha cadeira de sempre, uma banco ao meu lado dando apoio para garrafa, copo, cinzeiro  ( lá é permitido fumar, principalmente em dias de jogos de futebol), quando um malandro me vem torrar o meu saco.  Fui sozinho para o bar, fiquei ali, esperando o jogo começar, soava como nunca antes, não sei se foi por causa do conhaque ou por causa da ansiedade para o começo do jogo. Este malandro que nunca vi na minha curta carreira dentro de bares, malandro mais chato que aquele. Começou dizendo que aquele bar era um lixo, que o dono era um filadaputa, que a porra do Corinthians tinha que se fuder, que os torcedores do Corinthians era todos vagabundos. Ficou falando um monte de asneira na minha orelha. Como a minha paciência anda curta nos últimos tempos, se tratando de buteco não existe bons modos, mandei ele tomar no cú. Ele silenciou, ficou quieto. O jogo começou, as garrafas foram esvaziando numa espécie de mágica. Quando o mesmo veio em minha direção novamente, me xingando de filadaputa, eu disse para ele calar a boca, que não queria briga, pois minha missão era de paz. Me levantei fui até o Baixo ( dono do buteco), - disse que não agüentaria um xingo novamente. Ele pediu calma para mim, que daríamos uma lição naquele caboclo. O malandro me xingava, me xingava, eu quase explodindo, fui na direção dele, para dar um murro, quando num rápido movimento o baixo meteu o tapo na cara dele. Agarrou pelo pescoço enforcando o mesmo, que começou a chorar, chorava feito uma criança. Pediu desculpas para todos que ali estavam, veio na minha direção com as mãos pedindo perdão. Mandei ele novamente tomar no cú, pois já estava puto, que o malandro fez eu perder o jogo na televisão e o desrespeito comigo, taquei o copo de cerveja no rosto dele, arrastei ele joguei ele na calçada. Mandei ele novamente para a puta que o pariu. Ele ficou parado no portão chorando, pedido perdão, querendo entrar. Quando o Baixo num ato de maestria, abriu o portão, arrastou ele que grudado nas grades não queria sair, arrastou pela rua até a praça dizendo que se ele pisasse novamente naquele chão as coisas não seriam daquele jeito. Foi assim uma noite daquelas, aonde o buteco se mostrou valente e lugar de respeito, tem que pisar devagarinho, senão o bicho pega, e o Corinthians que não jogou merda alguma, foi acima daquele bêbado a decepção maior.

Sem comentários:

Enviar um comentário