segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Certa vez você me disse, que não gostava de poeta, que eu era poeta, e poeta ama todas mulheres que vê na frente. Que agarra todas, com desejo fatal, que se entrega, que delira, que ama, que esquece. Confesso que você tinha razão em certa parte daquilo que me disse. Sim, eu ofereço a minha face para as mulheres, que vivo e clamo pelo amor delas. Que boa parte de mim, se desdobra, que se entrega, que se embriaga com o calor delas. Tudo isso é fato. Não discordo de ti, minha querida, e por falar em você, eu já lhe amei, já te poetizei nos meus versos errantes e vagabundos de outrora, você se lembra? Daquela vez que te fiz chorar, com o verso que te fiz, bêbado naquela espelunca? O meu amor é igual ao mar misterioso, revolto, entregue. Hoje eu deliro, me embriago e tudo que vejo é a tua face. Nos meus sonhos você me aparece, no espelho, parece zombar de mim. Eu acordo, levanto, acendo um cigarro e tua imagem não desaparece, parece uma espécie de fada, sei la que porra que é. Na minha bebida sinto o teu gosto, nas mulheres que passam por mim, vejo a tua face. Agora você me diz, o destino é sofrer e amar todas mulheres que passam no meu caminho, minha amiga? Me diz você que sabe mais de mim, do que eu próprio. Me diz se nos meus versos, aparece algo, me diz. Você que é mulher, você que me escuta, me diz. Se o meu destino é buscar alento numa mulher. Me diz, vai, diz....

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