Noturna, cidade noturna.
Noite, estrelas, lua.
Me embalo nas cantigas, canto o meu pranto,
adormeço em algum banco.
Bebo algumas garrafas, olho no fundo do copo, vejo teu riso.
Cigarros espalhados pelo chão, cinzas espalhadas no meu coração.
Trago o peito, solto a dor, a noite ouvi e nada diz.
Bebo mais um pouco, levanto torto, molho o meu rosto.
Escrevo o teu nome, rabisco e jogo fora os versos.
Lembro da tua face, dou riso, lamento, vou-me embora.
Sento na praça, escuto minha dor, choro, sigo, caio levanto.
Logo me levanto e tudo será não tanto diferente de antes.
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