Entre tantas palavras ditas,
a que sobrou foi adeus.
Entre teu corpo e o meu,
essa entrelinha,
o que sobrou foi a falta.
Entre o que ficou e o que se foi,
o que restou foi a saudade.
Entre o tempo que durou
e o tempo que faltou,
sobrou o espaço vazio.
Entre tuas pernas, o que permaneceu,
foi os meus carinhos,
e no ventre teu, queria um ninho.
Entre o encontro e a despedida,
ficou o silêncio, do não dito.
Entre a lua e o céu,
restou a noite,
e este amargor.
Entre as folhas, o que sobrou,
foi a pagina virada.
O que sobrou do jardim teu em mim,
foi os espinhos, que furam o meu peito.
Entre todo amor, a desilusão,
entre essa vontade de ficar, e ter de ir embora.
Lamentando, o momento breve.
Entre teu choro de angústia,
os meus lábios a calar o teu pranto.
Entre, tudo que foi,
entre tudo que restou,
foi tu que passou, e jamais, voltará.
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