quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Essa é a verdade, a bebida me comove. Se tivesse que escrever na placa do meu túmulo escreveria algo assim:

- Rodrigo de Freitas Medina - 24-04-1984 - 10-12-2009 - Fiz por merecer.

Assim escreveria. Assim eu poderia ali deitado descansar a minha alma desta penúria que é viver. Acabo de voltar do buteco, de comemorar diga de passagem ao meu gosto, o dia do samba. Tremendamente emocionado, depois de algumas ampolas geladas, na temperatura ideal, volto para casa, satisfeito pronto para encarar mais um dia de rotina. Mas quero aqui dizer, e justificar o apelido dado por um grande amigo, parceiro de vida e copo, o apelido dado de poeta. Para mim é uma honra ser chamado assim, de poeta. Sempre quis ser, antes de tudo, desejei e desejo ser poeta. O buteco vazio, alguns amigos ali presente, apoiado no balcão, eu batucando, lembrando sambas de Cartola, Chico Buarque, João Bosco, devidamente apaixonado por você, isso, você que deve ler acredito essas linhas, é por você. Chego em casa, errando os passos, troço que fazia tempo que não acontecia, no meu velho e guerreiro computador, tocando a música de Aldir Blanc- Resposta ao Tempo, e quem me vem na cabeça? Isso, me vem você!

A batida do tempo, bate em minha face emocionado, e como sou uma criança que não soube adormecer, me despeço aqui, deste balcão imundo, deixando minhas bitucas pelo chão e o copo na mesa, cheirando a cigarro, vou dormir, pois a emoção é tremenda.

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