quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Enquanto abro a primeira do dia ( para bom entendedor meia palavra basta). Acendo um cigarro para acompanhar, escolho uma música, para acalmar o peito. Mar no maracanã, é a escolhida, minha emoção é tamanha. Feito um rio que navega, que não para, assim sou eu. Mesmo triste, apesar da época ser de festejos, eu apenas lamento. Tenho na verdade muito que agradecer, mas não farei, não agradecerei, feito um filho rebelde não levantarei minhas mãos para o alto, feito em prece. Guardarei aqui dentro o que deu certo e o que lamento não ter podido ter feito. Confesso apenas, este ano foi o ano que fiz do meu boteco o meu lar. Lá eu chorei, lá em me alegrei, e por dias lá permaneci, chorando em prece, acalmando. Enquanto a música rola, enquanto eu bebo um pouquinho, reparo no som que vem das ruas. A loucura dessa cidade, a loucura deste povo, impede que eu me tranquilize. E assim farei, evitarei o contato, secarei as ampolas da geladeira, e neste silêncio, neste refúgio, aqui fico, a escutar canções, à pensar em você ( isso em você). Choro, choro, meus olhos marejados se perdem neste quarto escuro e assim ficarei.

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