terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O ano esta próximo do fim, Virá um ano novo pela frente e com aquele a esperança de que algo mudará. Minhas preces e agradecimentos se voltam para o céu, para os deuses que assim me guiam me desviam do caminho errado, que me conduzem para o caminho certo. Que me protege, me domina. Com isso eu só tenho agradecer, tive a honra de vivenciar muitas coisas importantes, tive de fato um ano bom. E a honra maior foi ter conhecido ao vivo num buteco aqui em São Paulo, mas conhecido como Pirajá dois mostros da música brasileira: Luis Carlos da Vila e Moacyr Luz. Para mim dois gênios da música, sem eles de fato a minha vida seria um erro. Era noite de autografo do genial livro do Moa - Butequim de bêbado tem dono. Que devo e confesso, li num dia. O livro dispensa comentários, falarei dele outro dia. O que eu quero aqui relatar neste humilde buteco, é a história que deu tudo isso. Vi a nota sobre o lançamento no blog do meu querido amigo, o qual eu não conheço, mas nutro um carinho especial Bruno Ribeiro, cara que sem saber porque, me conduziu para o caminho de ser mais brasileiro de valorizar mais o meu querido Brasil. Era uma noite agradável, atravessei a cidade para ir neste encontro, o qual não podia perder. Era o lançamento do livro que aqui comentei, e teria a honra de conhecer alguns bambas ao vivo tipo: Moacyr Luz, Jaguar, Bruno Ribeiro e outros feras. Cheguei no buteco, prevendo que a minha grana seria pouco para tamanho evento, já que eu sou um suburbano nato. Aqueles que contam as notas na carteira e lamenta a quantidade. Chegando no Pirajá que se diga de passagem é um bar para freqüentadores da classe média, pensei: compro o livro, tomo um chope e vou-me embora para o meu canto. Mas um garçom resolveu mudar este papo, deve ter visto na minha cara, o meu jeito de maloqueiro e me disse: rapaz, fique aqui dentro, que aqui é para convidados, pode beber e comer a vontade, que não pagará nada. Incrédulo com a noticia duvidei do camarada. Mas a medida que os chopes viam, eu bebia. Meu olhar cada vez mais embriagado, cada vez mais distante daquilo tudo, duvidava. Chamei o garçom como quem pediria mais uma, disse: meu caro, se eu tiver que pagar tudo isso, tou phudido. Ele: Alemão não esquenta, beba. E assim foi, fiquei no meu canto tomando alguns chopes, criando coragem para pedir autografo ao Moacyr Luz. Quando de quebra avistei Bruno Ribeiro, velho camarada, sou leitor assíduo do blog do cara. Que foi me conduzindo e me tranqüilizando a caminho do Moacyr Luz. Peguei o autografo do malandro, que parecia ter tomado todos os chopes do bar, olhar meio embriagado. Voltei para a minha mesa, tomei alguns chopes, avistei do meu canto, aquele bar lotado, várias celebridades do mundo da música, quando avisto a entrada do velho malandro, Luis Carlos da Vila. O malandro com um sorriso enorme estampado no rosto, olhando a prateleira de cachaça, tremendamente satisfeito soltou uma risada da qual eu não me esqueço e elogiou aquelas garrafas ali. Eu já tinha passado da conta, já tinha tomado alguns chopes, suficientes para me comover, tamanho evento que fazia parte. Livro debaixo do braço, hora de cruzar toda a cidade de volta para o lar, com a certeza de que tudo aquilo valeu, que não esqueceria jamais. A única nota triste deste acontecimento, depois de alguns meses, me veio a falecer o Luís Carlos da Vila, mas tive a honra de ver o malandro pertinho de mim, e ver um dos sorrisos mais bonitos de todos os tempos, valeu Da Vila, aonde quer que esteja, valeu.

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